A perda dos dentes e a diminuição do fluxo salivar em idosos diminuem a capacidade de mastigação e deglutição adequada do alimento, comprometendo a saúde geral e o bem estar do idoso. Por isso é recomendável a DENTADURA FIXA, onde o paciente volta a mastigar normalmente, sem o risco de soltar a prótese ou machucar a gengiva, mesmo com alimentos mais duros.
A dentadura é fixada na boca através de parafusos, e estes parafusos são fixados em alguns implantes.
A saúde bucal é parte integrante e inseparável da saúde geral. Para a população idosa, significa condições biológicas e psicológicas adequadas, de modo que os indivíduos exerçam funcionalmente a mastigação, deglutição e fonação, além de exercitarem a auto-estima e o relacionamento social por meio da estética, sem inibição ou constrangimento, contribuindo, deste modo, para a saúde geral. Havendo dificuldades em alguma dessas funções ou estado, estaremos diante de um quadro de incapacidade.
A mudança de uma DIETA SAUDÁVEL para uma dieta com predominância de carboidratos e alimentos menos consistentes pode não conter os nutrientes adequados as necessidades biológicas, causando estados anêmicos e apáticos em pessoas mais suscetíveis. Além disso, este tipo de alimento pode causar atrofia na musculatura mastigatória, e esta, repercute na estética facial e na auto-estima do idoso ( MONTENEGRO, 2002).
Com o uso da DENTADURA COMUM, “ não é possível comer uma espiga de milho, ou ate mesmo carne, sem que se tenha que cortar em pedaços bem pequenos, pois esta dentadura não tem força nos dentes para cortar, na realidade os dentes postiços nunca são firmes na boca. Os idosos percebem que a mastigação não é realizada com naturalidade e conforto, e que há necessidade de selecionar o tipo de alimento ou a forma de consumi-lo, por meio de estratégias que facilitem a ingestão. Normalmente, ao ser engolido alimentos em pedaços maiores sem a devida mastigação, o estomago não esta preparado para fazer a função dos dentes, causando uma sobrecarga estomacal, levando a gastrite ou ate úlcera, alem de que grande parte das proteínas e vitaminas dos alimentos, sem a mastigação, não são aproveitadas, indo diretamente para as fezes, prejudicando a qualidade nutricional da dieta alimentar.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a faixa etária de 65 á 74 anos em média já perderam 93% dos seus dentes. Na odontologia, a preocupação com os idosos reside no fato entre outros, de que a capacidade mastigatória está intimamente ligada à condição nutricional e esta, a saúde geral dos indivíduos, o que repercute na sua qualidade de vida, embora a estética dentária seja importante, a cavidade bucal deve ser vista em sua plenitude, pois por meio dela existe a integração social do individuo (MONTENEGRO, 2002).
BASEADO EM FONTE: UNFER, B.; BRAUN, K.; SILVA, C. P.; FILHO, L. D. P. Autopercepção da perda de dentes em idosos. Interface de Botucatu, v.10, n.19. Botucatu, 2006.